Vivemos a era da velocidade. A informação corre como um raio, se espalha em segundos e, muitas vezes, chega ao público antes mesmo de ser verificada. Em meio a essa avalanche diária de conteúdos, surgem as fake news — notícias falsas, criadas muitas vezes com o único objetivo de confundir, manipular ou gerar cliques.
E é nesse cenário desafiador que o jornalismo profissional se torna ainda mais essencial. Não como um luxo, mas como um serviço público. Uma necessidade vital para a saúde da democracia e da sociedade.
Desde os 18 anos, aprendi que a apuração vem antes da pressa. Que ouvir os dois lados é mais do que uma formalidade — é um compromisso com a verdade. E que cada vírgula errada pode distorcer uma história inteira. O jornalismo de verdade se faz com responsabilidade, com ética e com a consciência de que cada informação publicada pode impactar vidas, reputações, decisões.
Infelizmente, as redes sociais criaram um ambiente onde qualquer um pode “publicar” uma notícia — mas nem todo mundo tem compromisso com a verdade. E pior: as fake news são criadas para provocar. Elas falam exatamente o que a pessoa quer ouvir, reforçam ideias e crenças, mesmo que mentirosas. Isso cria bolhas, alimenta o ódio e coloca em risco até a saúde pública, como vimos durante a pandemia.
O jornalismo profissional, por outro lado, é baseado em checagem, fontes confiáveis, ética e transparência. Ele busca informar, esclarecer, contextualizar. E, muitas vezes, também tem a coragem de contrariar o senso comum — porque seu compromisso é com os fatos, não com a popularidade.
Por isso, mais do que nunca, é preciso valorizar quem faz jornalismo de verdade. Somos parte essencial de uma sociedade livre, crítica e bem-informada.
Aos leitores, fica um pedido: desconfiem do que parece “bom demais pra ser verdade”. Verifiquem a fonte. Leiam veículos comprometidos com a apuração. E apoiem o jornalismo local — feito por gente que conhece a realidade da cidade, que vive o dia a dia da comunidade e que tem nome e rosto. Informação de qualidade é ferramenta de cidadania.
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