O Dia Internacional da Mulher chega todos os anos com homenagens, mensagens inspiradoras e, claro, flores. Eu, particularmente, não dispenso as rosas. Mas o que realmente queremos vai muito além de um buquê: queremos respeito, equidade e o fim das barreiras que ainda nos impedem de ocupar todos os espaços com os mesmos direitos e oportunidades.
A data, muitas vezes romantizada, tem um significado de luta. Surgiu da reivindicação por melhores condições de trabalho, direito ao voto e igualdade de gênero. Décadas depois, ainda enfrentamos desafios semelhantes: salários menores para as mesmas funções, sobrecarga com a jornada dupla, violência doméstica e feminicídio, além da luta constante para sermos ouvidas e respeitadas em ambientes de poder.
E há um fator essencial que muitas vezes esquecemos: são as mulheres que criam os homens. A mudança que tanto buscamos também passa por nós, na forma como educamos nossos filhos, irmãos e netos. Criar meninos mais conscientes, que respeitem as mulheres e compreendam a importância da equidade, é um passo fundamental para transformar a sociedade. O machismo não nasce conosco – ele é ensinado e, portanto, pode (e deve) ser desconstruído desde cedo.
Então, que venham as flores, os parabéns e os gestos de carinho, mas que venham acompanhados de mudanças reais. Que esse dia seja um lembrete de que celebrar as mulheres significa, antes de tudo, garantir que todas tenham voz, direitos e respeito, todos os dias do ano.
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