Desde que me entendo por gente as mulheres falam em feminismo e direitos iguais, mas o que nós não podemos esquecer é que somos nós que criamos os homens. E como hoje podemos nos proteger se continuamos dando a eles todos os atenuantes para continuarem se sentindo donos de nós?
Ainda hoje, em 2024, muitos rapazes não sabem fazer uma comida básica, não lavam a própria roupa e não entendem absolutamente nada sobre a organização da casa. Alguns só saem com sapatos limpos porque a mãe cuidou da limpeza. Como é que vamos querer seres diferentes se estamos os tratando da mesma forma?
Numa palestra ano passado, eu falava sobre a importância de empoderarmos os homens, e as pessoas riram quando eu disse: “Mostre ao seu menino que ele é capaz, ele pode lavar o próprio prato, colaborar nas tarefas domésticas, lavar a roupa, enfim, ser uma pessoa funcional”.
Mas o mais básico e importante, é ensinarmos que eles devem respeitar a todas as pessoas, e a melhor forma é fazendo o dever de casa. Um menino que tem uma mãe que cobra dele uma postura respeitosa vai crescer entendendo como pode se comportar com uma mulher sem extrapolar os limites.
A violência doméstica começa de forma sutil. É uma crítica, que depois parte para desavença, até que culmina em violência física e que pode se tornar um feminicídio. A nossa maior contribuição para que no futuro tenhamos bons homens é educa-los bem agora.
A lei é fundamental, foi um grande avanço na luta pelos direitos da mulher, mas a educação pode evitar que os crimes sejam cometidos.
Dezoito anos da “Maria da Penha” e a educação masculina
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