O Brasil acaba de atingir um marco histórico: segundo o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo IBGE, a taxa de fecundidade caiu para 1,6 filho por mulher — o menor índice já registrado no país. Isso significa que, em média, as mulheres brasileiras estão tendo menos filhos do que nunca. Para se ter uma ideia, na década de 1960 essa média era de 6,3 filhos por mulher. Quanta diferença!
📉 E por que isso é importante?
Porque esse número está abaixo da chamada taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher — o mínimo necessário para que uma geração consiga “substituir” a outra e manter estável o tamanho da população. Na prática, isso quer dizer que, se esse ritmo continuar, o Brasil pode enfrentar uma redução populacional no futuro — com impactos diretos no mercado de trabalho, previdência e na estrutura social como um todo.
👩👧👦 Em Campos dos Goytacazes, esse movimento também é percebido nas conversas do dia a dia. Mulheres que antes tinham 3, 4 filhos, hoje muitas vezes optam por ter apenas 1 — ou nenhum. Com o aumento da escolaridade feminina, o acesso à informação, à saúde e a mudanças culturais, o planejamento familiar ganhou novos contornos.
E os dados comprovam isso:
📊 De acordo com o IBGE, em 2010, 794 bebês nasceram de mães entre 15 e 19 anos em Campos. Já em 2022, esse número caiu para 687, indicando uma queda na gravidez precoce. Por outro lado, o número de nascimentos entre mulheres de 30 a 34 anos teve um aumento discreto, passando de 1.552 em 2010 para 1.611 em 2022. Ou seja, está havendo uma postergação da maternidade, em sintonia com o que acontece no restante do país.
📊 O que mostram os dados nacionais?
- A idade média para ter filhos subiu para 28,1 anos.
- Entre as mulheres com ensino superior, a média de filhos é apenas 1,2.
- Mulheres indígenas ainda têm uma média mais alta: 2,8 filhos.
- Mulheres brancas têm, em média, 1,4 filho, enquanto pretas e pardas ficam próximas de 1,6 a 1,7.
- Quanto à religião, evangélicas lideram com 1,7 filho em média, enquanto espíritas registram a menor média: 1 filho por mulher.
Essas mudanças refletem não só uma transformação nos hábitos familiares, mas também nos sonhos e prioridades de cada geração. Hoje, para muitas mulheres, ser mãe não é mais uma obrigação — é uma escolha. E isso tem mudado tudo.
🤔 E em Campos, como está essa realidade?
Na nossa cidade, onde tradições familiares ainda têm forte peso cultural, os ventos dessa mudança também sopram. É cada vez mais comum encontrar mulheres que priorizam a carreira, os estudos ou mesmo o autocuidado antes de decidir pela maternidade — ou que escolhem não ter filhos, sem culpa ou arrependimento.
🔍 E você, mulher campista? Como enxerga essa mudança? Ter filhos ainda é um plano ou deixou de ser uma prioridade?
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