Há quem entre em nossas casas todos os dias sem fazer alarde. Gente que aparece no canto da tela, entre o café da manhã e a correria da vida, com a missão de informar. Mas há uma delas, entre tantos rostos apressados do jornalismo, que faz algo mais: ela traz flores. Cecília Malan, correspondente da TV Globo em Londres, traz notícia, mas também é paisagem. Em meio a manchetes duras e tempos acelerados, ali está ela, com um buquê sobre a mesa. São flores discretas, porém constantes. Um detalhe que se repete, como um carinho sem palavras. E quem assiste, percebe. Mesmo que inconscientemente, a beleza das flores suaviza a informação. É como se ela dissesse: “o mundo pode estar em guerra, mas aqui há vida”.
As flores de Cecília não são só decoração. Elas são gesto. Delicadeza. Constância! Um lembrete de que há beleza nas pequenas escolhas, e que mesmo em tempos cinzentos, podemos ser cor e leveza para o outro.
E aí, eu te pergunto: e você? O que tem deixado sobre a sua mesa? Que rastro tem deixado por onde passa? O que os outros lembram quando pensam em você?
Talvez não seja um buquê. Mas pode ser um sorriso. Um bom-dia sincero. Uma palavra doce, mesmo no meio da correria. Porque todos nós, de algum modo, somos correspondentes de alguma realidade. E sempre há alguém nos vendo.
Seja como Cecília. Traga flores, mesmo que invisíveis. Porque a beleza também é uma forma de dizer: “estou aqui e me importo.”
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